O deputado Anthony Garotinho (PR-RJ) afirmou nesta quarta-feira que, para convencer o governo a suspender a produção do material de combate à homofobia, que seria distribuído a cerca de 6 mil escolas de ensino médio, a bancada evangélica da Câmara ameaçou não colaborar com os projetos do Executivo.
O Líder da Frente Parlamentar Evangélica, o deputado João Campos (PSDB - CE), afirmou que afirmou que a bancada se reuniu e decidiu que, se o governo insistisse com o kit, bloquearia votação na Câmara e apoiaria a convocação de Palocci para dar explicações sobre as denúncias do jornal "Folha de S. Paulo".
Garotinho disse que coordenou nesta terça uma reunião dos evangélicos que resultou em três decisões: colaborar para que o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, fosse convocado para depor sobre sua evolução patrimonial; obstruir as votações na Câmara dos Deputados e apresentar o pedido de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar a contratação organizações não governamentais (ONGs) pelo Ministério da Educação (MEC).
De acordo com Garotinho, a CPI já tinha até nome escolhido. "Seria a CPI do MEC", disse o deputado ao sair da reunião com Gilberto Carvalho, no Palácio do Planalto.
Garotinho acusa o ministro da Educação, Fernando Haddad, de não ter cumprido um acordo selado com a bancada religiosa. "Ele (Haddad) saiu da reunião com o compromisso de um pacto pela convivência harmônica. Dias depois, falou coisas diferentes na imprensa. Ele disse que tinha aprovado o material, que não via nada de mais e que o material iria adiante. Em função disso, ontem deputados se reuniram e deliberaram algumas posições", disse.
Garotinho acusa o ministro da Educação, Fernando Haddad, de não ter cumprido um acordo selado com a bancada religiosa. "Ele (Haddad) saiu da reunião com o compromisso de um pacto pela convivência harmônica. Dias depois, falou coisas diferentes na imprensa. Ele disse que tinha aprovado o material, que não via nada de mais e que o material iria adiante. Em função disso, ontem deputados se reuniram e deliberaram algumas posições", disse.
Garotinho informou que a reunião no Palácio do Planalto foi chamada pelo próprio Gilberto Carvalho. "O ministro nos telefonou e pediu que fizéssemos uma intervenção com as bancadas católica e evangélicas para que não levássemos adiante o que deliberamos ontem após o ministro (Haddad) ter descumprido sua palavra", disse Garotinho.
Não querendo defender a Presidente Dilma, e muito menos apoiar esse tal “kit gay”, mas nesse momento a criticam muito por ceder às chantagens da bancada evangélica, mas e os chantageadores? É uma vergonha sim nossa Presidente encobrir um erro com outro, mas nossos “líderes evangélicos” não ficam atrás nessa, aliás, é de uma ingenuidade sem tamanho acreditar que esses caras sejam representantes dos evangélicos. Em lugar nenhum da Bíblia se fala em barganha pelo poder em nome de moralismo ou de qualquer outro valor, ainda que cristão.Os fins não justificam os meios.